(Artigo publicado originalmente no jornal O Metropolitano de Campinas em 31/08/13)
Olá amigos,
Atualmente a música eletrônica está
em grande evidencia, com DJs de todo o mundo explorando todas as suas mais de
trinta vertentes. Dando uma rápida pincelada no gênero, é interessante sabermos
que a música eletrônica tem sua origem lá em 1850 com o surgimento do fonógrafo
e o início da gravação de sons. Foram surgindo várias novidades trazidas pelo
meio acadêmico, por exemplo o “teremin” que gerava sons e era orientado pelo movimento
das mãos do executante e surgiu também o “movimento futurista” que pregava a
liberdade de criação, utilizando também instrumentos não convencionais.
Chegamos então, a 1940, época da
segunda guerra mundial, onde o desenvolvimento tecnológico da época impulsionou
a “música concreta”. Surgem, na tal “música concreta, as primeiras mixagens
utilizando sons do ambiente, dos ruídos aos instrumentos musicais.
Em 1956, Stockhausen compôs “Gerand der Junglinge”,
obra que é citada como inaugural da música eletroacústica.
Paralelamente, um desenvolvimento tecnológico importante foi a invenção do sintetizador
Clavivox por Raymond Scott com
o auxílio de Robert Moog.
Damos um salto no tempo e chegamos a
década de 70, com a popularização dos sintetizadores por grupos de rock como Genesis,
Yes, Pink Floyd, etc. Surgia também o chamado “rock espacial”, um rótulo para
denominar o trabalho realizado puramente por sintetizadores utilizados por
Tomita, Eloy, Can, Kitaro, etc
A conversa começa a ficar
interessante a partir desse ponto, surge na Alemanha o Kraftwerk, fazendo uma
música eletronica, minimalista, mas ao mesmo tempo com uma faceta pop e após o
lançamento de seu primeiro álbum “Kraftwerk (literalmente “Usina de Força”)”,
lança álbuns memoráveis como “Autobahn”, “Radioactivity” e “Tour de France”. A
década de 70 passa com o Kraftwerk sendo visto como o grande esquisito da
música em meio ao grande caldeirão musical de então. Mas na década de 80 o pop
abraça de vez a eletronica, surge então o tecnopop (ou sinthpop) com grupos
como Simple Minds, Depeche Mode, Human League, Ultravox, Spandau Ballet...
O sinthpop pariu o seu filho, a “música
eletronica” para as pistas de dança, passou-se então a pensar-se no bpm (batida
por minuto) ou não, foram surgindo suas
vertentes e atualmente temos uma música minimalista eletronica, desde a
profundamente comercial, até trabalhos mais experimentais e rebuscados.
Segue uma lista de 10 álbuns
essenciais, para voce conhecer de música eletronica:
1 – Radioactivity – Kraftwerk
(Inovador , a frente de seu tempo)
2 -
The fat of the land – Prodigy (Punk e Eletronica de mãos dadas)
3 -
Moon Safari – Air (Os franceses do Air, originais e criativos)
4 – Enjoy the silence – Depeche Mode
(A Eletronica assumindo de vez sua faceta pop)
5 – Oxygene – Jean Michel Jarre (Um
dos mestres, álbum da década de 70)
6 – Panic of looking – Brian Eno (Grande
produtor em seu melhor álbum)
7 – Greatest Hits – Bjork (As
melhores de quem busca inovar sempre)
8 -
Endtroducing – DJ Shadow (O melhor trabalho de DJ Shadow)
9 – Mezanine – Massive Attack (Nasce o trip-hop)
10 – Permutation – Amon Tobin (O
melhor álbum, com influências do jazz, do produtor de vanguarda brasileiro)
Vá de
espírito aberto, para as viagens que esses álbuns lhe reservam.
Bons
sons,
Altair
Almeida
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