segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Uma pequena viagem pela musica eletronica




















                         
(Artigo publicado originalmente no jornal O Metropolitano de Campinas em 31/08/13)



Olá amigos,

            Atualmente a música eletrônica está em grande evidencia, com DJs de todo o mundo explorando todas as suas mais de trinta vertentes. Dando uma rápida pincelada no gênero, é interessante sabermos que a música eletrônica tem sua origem lá em 1850 com o surgimento do fonógrafo e o início da gravação de sons. Foram surgindo várias novidades trazidas pelo meio acadêmico, por exemplo o “teremin” que gerava sons e era orientado pelo movimento das mãos do executante e surgiu também o “movimento futurista” que pregava a liberdade de criação, utilizando também instrumentos não convencionais. 
            Chegamos então, a 1940, época da segunda guerra mundial, onde o desenvolvimento tecnológico da época impulsionou a “música concreta”. Surgem, na tal “música concreta, as primeiras mixagens utilizando sons do ambiente, dos ruídos aos instrumentos  musicais.
            Em 1956, Stockhausen compôs “Gerand der Junglinge”, obra que  é citada como inaugural da música eletroacústica. Paralelamente, um desenvolvimento tecnológico importante foi a invenção do sintetizador  Clavivox por Raymond Scott com o auxílio de Robert Moog.
            Damos um salto no tempo e chegamos a década de 70, com a popularização dos sintetizadores por grupos de rock como Genesis, Yes, Pink Floyd, etc. Surgia também o chamado “rock espacial”, um rótulo para denominar o trabalho realizado puramente por sintetizadores utilizados por Tomita, Eloy, Can, Kitaro, etc
            A conversa começa a ficar interessante a partir desse ponto, surge na Alemanha o Kraftwerk, fazendo uma música eletronica, minimalista, mas ao mesmo tempo com uma faceta pop e após o lançamento de seu primeiro álbum “Kraftwerk (literalmente “Usina de Força”)”, lança álbuns memoráveis como “Autobahn”, “Radioactivity” e “Tour de France”. A década de 70 passa com o Kraftwerk sendo visto como o grande esquisito da música em meio ao grande caldeirão musical de então. Mas na década de 80 o pop abraça de vez a eletronica, surge então o tecnopop (ou sinthpop) com grupos como Simple Minds, Depeche Mode, Human League, Ultravox, Spandau Ballet...
            O sinthpop pariu o seu filho, a “música eletronica” para as pistas de dança, passou-se então a pensar-se no bpm (batida por minuto) ou não, foram surgindo  suas vertentes e atualmente temos uma música minimalista eletronica, desde a profundamente comercial, até trabalhos mais experimentais e rebuscados.
            Segue uma lista de 10 álbuns essenciais, para voce conhecer de música eletronica:
            1 – Radioactivity – Kraftwerk (Inovador , a frente de seu tempo)
            2 -  The fat of the land – Prodigy  (Punk e Eletronica de mãos dadas)
            3 -  Moon Safari – Air (Os franceses do Air, originais e criativos)
            4 – Enjoy the silence – Depeche Mode (A Eletronica assumindo de vez sua faceta pop)
            5 – Oxygene – Jean Michel Jarre (Um dos mestres, álbum da década de 70)
            6 – Panic of looking – Brian Eno (Grande produtor em seu melhor álbum)
            7 – Greatest Hits – Bjork (As melhores de quem busca inovar sempre)
            8 -  Endtroducing – DJ Shadow (O melhor trabalho de DJ Shadow)
            9 – Mezanine – Massive Attack  (Nasce o trip-hop)
            10 – Permutation – Amon Tobin (O melhor álbum, com influências do jazz, do produtor de vanguarda brasileiro)

Vá de espírito aberto, para as viagens que esses álbuns lhe reservam.

Bons sons,

Altair Almeida

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