
(Nossa coluna no Jornal O Metropolitano de 14/09/13, dessa vez falando um pouco de poesia)
Olá amigos,
Vamos falar um pouco de poesia e
homenagear esse gênero que é o talvez uma das formas mais superlativas da arte,
pois toca fundo em nossas almas. Vamos falar então de poesia de língua inglesa
e de dois poetas fantásticos. A literatura inglesa nos brinda com vários
poetas, entre eles Lord Byron, Willian Blake, John Keats, Walt Witman,
W.B.Yeats, Shelley, T.S.Eliot (“Waste Land” ou “A Terra Devastada, é
considerado um dos maiores poemas de todos os tempos), etc
Dentre todos os meus preferidos e
que gostaria de compartilhar com todos
são Walt Witman e W.B. Yeats.
Todos
tem suas histórias, suas trajetórias de vida e deixaram obras maravilhosas
trazidas por sua infinita inspiração. É
um consenso, não sabemos se verdade que a inspiração do poeta se faz presente
quando de alguma forma ele é tirado de seu eixo, por alguma grande paixão, por
encontros e desencontros, pela falta de algo ou de alguém. Arnaldo Antunes,
grande músico e talvez um dos mais representativos poetas brasileiros da
atualidade, certa vez, disse exatamente o contrário, que a poesia vem da
alegria, do prazer, quando, como comentamos, o consenso geral é que venha da
dor, da necessidade, da ausencia de algo. De qualquer forma fica nossa
homenagem a poesia de língua inglesa e em especial ao poeta americano Walt
Witman e ao Irlandes W.B.Yeats.
Uma
pequena amostra de Walt Witman:
"Eu
celebro eu mesmo,
por que cada átomo pertencente a mim pertence a voce"
O
irlandês Yeats e seu mais belo poema :
AEDH DESEJA OS TECIDOS DOS CÉUS
Fossem meus os tecidos bordados dos céus,
Ornamentados com luz dourada e prateada,
Os azuis e negros e pálidos tecidos
Da noite, da luz e da meia-luz,
Os estenderia sob os teus pés.
Mas eu, sendo pobre, tenho apenas os meus
sonhos.
Eu estendi meus sonhos sob os teus pés
Caminha suavemente, pois caminhas sobre meus
sonhos.
Na linha
das cantoras maravilhosas, queremos sugerir para sua audição tres cantoras
totalmente diferentes:
Anna Netrebko: a belíssima
soprano russa, dona de uma voz incomparável tem mais de 20 albuns em sua
discografia, já gravou Puccini, Mozart…e celebrando os 200 anos do aniversário
de Giuseppe Verdi, lançou em 2013, uma coletanea de arias das operas Macbeth,
Don Carlo, Il Trovatore e Giovanna D’Arco. Ouça e delicie-se.
Goldfrapp: Lançou tambem em
2013 seu sexto album, Tales of Us, seguindo na linha do album Seventh Tree de
2008 mostra canções em que o eletronico serve apenas de pano de fundo para suas
canções delicadas. Seventh Tree é sensacional e Tales of Us, segue na mesma
linda.
Tarja: Dizem que toda
banda de rock’n’roll tem sempre os seus conflitos de egos e o Nightwish não
ficou por menos, a história que a crítica especializada conta é que Tarja
quando vocalista do Nightwish tornou-se meio que “estrela”, viajava separada,
atrasava-se para shows etc, certo dia o tecladista Tuomas Holopainen, demitiu a
moça da banda através de um bilhete. Passadas todas as mágoas, o novo album
solo de Tarja, Colours in the dark , tambem de 2013, começa com uma releitura
interessante do Bolero de Ravel e segue com uma produção quase impecável onde a
vocalista de formação lírica, mostra como fazer um rock, usando influencias de
música clássica. Vale a pena voce conferir.
Bons
sons, boas leituras e até a próxima,
Altair
Almeida
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