
Eu quero o mundo e não a porta dos fundos
Entende meu absurdo? Entende o discurso difuso?
Eu quero os voos e os sobrevoos encimando meus sonhos
Entende minha fome? Vê o lobisomem?
Eu quero todas as
praias e suas arraias
E não me saia com suas mentiras e risos fáceis
E não me venha com suas tolices e tagarelices
Eu quero o mundo, mesmo com seus defuntos
Quero trilhas de cinema, cenas de amor de poemas
E espero que entendas que peço pouco
Para governar o precipício desse meu mundo louco
Espero que entendas que quero o mundo
Espero que entendas que não tenho outro mundo
A não ser esse mundo que foi dado imundo
Espero que entendas que meus sonhos dormem nesse canto
Espero que entendas que canto o canto de meus santos
Que não esperam flores e oferendas
Esperam apenas as chaves que abrem as cisternas
Que liberam o que vai preso em minhas represas
Entende minha fome? Vê o lobisomem?
Eu quero o mundo e não a porta dos fundos
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