
Nos momentos mais tristes escrevo meus poemas
Voar, voei em todos os sonhos de minha infância
Acordava assustado sem entender minhas distancias
Chorar, chorei como poeta, como filho, como pai
Como homem que não entende
a dor que se vai
Nos momentos mais alegres escrevo meus poemas
Falo da morte, falo de mim, falo do que e’ assim
Escrito meio torto em noites sem sono
Sem ritmo, sem cor e adorno
Mas também falo de olhos, luzes e contornos
A todos os momentos escrevo meus poemas
Não me atrevo a medir as nuvens
Nem explicar a altura de todas as montanhas e seus cumes
Falo da dor, do ciúme, do estrume e do azedume
E não sei explicar o que ha em mim
Não sei explicar o que vai em mim
Não sei cogitar o que se passa aqui
Não sei explicar o brilho de todos os olhos
Que as vezes são difusos, as vezes são confusos
E poucos traduzem o que vai lá no fundo do olhar
Nos momentos que escrevo sou meus poemas
Sou o dilema que me assola desde meu inicio
sou a busca incessante e medrosa de mim mesmo
acendo meus incensos, releio e me releio
e nunca sei onde
poderei chegar
Voar, voei e continuo a voar
Quero chegar mas não quero chegar
Entenda esse momento triste em que escrevo meu poema
Quero chegar mas sei que tudo vai acabar
Assim que chegar, olhar-te e me olhar
Sina ou destino, ja nao sei explicar
Tenho esse dom de matar meu sonhar.
Um comentário:
Lindo e tocante, Alta.
Nem vou me estender demais porque não é preciso. Sou sua fã, você sabe.
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